terça-feira, 3 de junho de 2014

Metalúrgicos reivindicam 13,5% de reajuste salarial em 2014





Os metalúrgicos aprovaram na manhã do dia 10 de maio, a pauta de reivindicações do dissídio 2014. Por unanimidade, cerca de 300 trabalhadores que participaram da assembleia geral, realizada na sede da entidade, decidiram reivindicar um reajuste salarial de 13,5% e mais de 70 cláusulas sociais como a redução da jornada de trabalho, transporte e alimentação subsidiados, auxílio-creche para crianças de até 6 anos, equiparação salarial entre homens e mulheres e também nos casos de trabalhadores com a mesma função, auxílio-lanche para estudantes e uma atenção especial na situação dos mensalistas que trabalham 5 dias por ano de graça para os patrões. 
Além disso, neste ano, uma das cláusulas será a instituição de intervalos de 15 minutos a cada 2 horas trabalhadas conforme a Norma Regulamentadora 15, além da aplicação da NR 12 que trata de segurança no trabalho.

Uma das bandeiras a ser defendida nesta campanha salarial é a elevação do piso da categoria para R$ 1.500. O índice de reajuste é baseado na inflação dos últimos 12 meses e no crescimento registrado pelas empresas no período.

O presidente do sindicato, Assis Melo, destacou que esse é um momento importante para a categoria e somente com união e mobilização conseguiremos obter mais conquistas. “Essa assembleia comprova a mobilização, o interesse e a união dos trabalhadores metalúrgicos que vieram em grande número para debater as nossas reivindicações. Somos o 2º polo metalomecânico do Brasil, os empresários dizem que a qualidade da nossa produção é uma das melhores, mas na hora de valorizar o trabalhador, que lhes garante o lucro, eles dizem o contrário”. Assis clamou por dignidade no trabalho destacando ainda, a importância de os trabalhadores refletirem sobre o custo que o metalúrgico tem para trabalhar. “Esse é um debate importante. Temos que avaliar todas as questões. Qual o nosso custo para ir trabalhar? No salário são descontados transporte, alimentação, plano de saúde, taxas bancárias... Temos que refletir sobre o que deixamos para as empresas. Através das cláusulas sociais podemos diminuir esses descontos, ou seja, ganhar mais.”

Quanto a crise relatada pelos empresários o vice-presidente do sindicato, Leandro Velho salientou que nesses momentos os empresários pedem o apoio dos trabalhadores, no entanto, quando vão em busca de financiamentos como o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) nunca pensam nos trabalhadores e sim nos lucros. “O BNDES é do povo, dos trabalhadores, uma parte do dinheiro sai dos FGTS de todos nós, e em nenhum momento na reunião realizada no SIMECS nessa semana, a qual estive presente, citaram a situação dos trabalhadores. Pude constatar que a realidade é diferente do relatado pelos patrões. Os empresários querem somente fazer terrorismo com os trabalhadores em pleno dissídio. A campanha salarial é a nossa ferramenta de valorização, temos argumentos e sabemos a nossa realidade. Iniciamos hoje uma grande caminhada e precisamos estar unidos e mobilizados”, destaca.

A data base da categoria é 1º de junho.

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